Dados de uma pesquisa realizada pelo Unicef e pela Undime apontam que, na Paraíba, 30.517 crianças e adolescentes entre 4 e 17 anos de idade não estão estudando. Dentre esses mais de 30 mil jovens que vivem a evasão escolar, 56% são meninas.

O levantamento mostra ainda que 79% das crianças e adolescentes sem estudar na Paraíba são pretos, pardos e indígenas, enquanto os outros 21% são brancos e amarelos, com uma diferença de mais de 50% entre os grupos.

Segundo a Unicef e a Undime, dentro desses 30.517 alunos não matriculados em escolas, mais de 16 mil estão entre os 20% mais pobres do país. De acordo com Dimas Lucena, doutor em Educação, o número de crianças e adolescentes em evasão escolar reflete uma visão multidimensional da pobreza no Brasil.

“O conjunto [da causa da evasão escolar] está na renda, que não traz condições de sobrevivência nem de alimentação. A escola precisa estar ligada à realidade do aluno. Precisa ser aconchegante, ter uma estrutura física que signifique conforto e uma acolhida que trabalhe contra a discriminação, o racismo, o bullying e todas as formas de violência. Além de muitas vezes, a única fonte de alimentação da criança vir da escola”, explica.

Evasão escolar no Brasil

De acordo com a Unicef, 993 mil crianças e adolescentes brasileiros ainda não frequentam a escola. Entre 2017 e 2025, mais de 300 mil jovens desse grupo foram identificados e retornaram às salas de aula através do programa de Busca Ativa Escolar (BAE), estratégia desenvolvida pela Unicef e Undime para apoiar estados e municípios a enfrentar a exclusão e o abandono escolar.

O levantamento mostra que 60% das crianças de 0 a 3 anos de idade no Brasil estão fora da creche, etapa em que a educação não é obrigatória, mas é um direito. O país está abaixo da meta do Plano Nacional de Educação (PNE), que tinha a estimativa de alcançar a matrícula de 50% das crianças brasileiras na creche até 2024.

Sete estudantes da Escola Municipal Nossa Senhora do Perpétuo, da rede municipal de ensino de Campina Grande, irão participar da Olimpíada Internacional de Matemática da Ásia (AIMO 2025) no Japão. O anúncio foi feito pela Prefeitura nesta terça-feira (22).

A competição acontecerá entre os dias 2 e 6 de agosto em Tóquio, no Japão, e os estudantes embarcam na próxima terça-feira, 28 de julho.

Os estudantes que irão representar Campina Grande e a Paraíba no Japão tiveram aulas de inglês instrumental durante 4 meses para compreender e resolver as questões na olimpíada.

Os estudantes selecionados têm histórico de conquistas em outras competições:

O Prefeito Bruno Cunha Lima também comemorou a conquista histórica. “Pela primeira vez na história, estudantes da rede municipal de educação estão saindo não só do Estado, mas estão saindo do país, estão saindo da América para representar Campina, a Paraíba e o Brasil na etapa internacional da Olimpíada de Matemática”, declarou.

Sobre a Olimpíada Internacional de Matemática da Ásia

A AIMO é uma iniciativa conjunta de três das melhores instituições internacionais dedicadas ao estímulo ao ensino da Matemática: Asian Mathematical Olympiad Union, The China Education Research Association e The Hong Kong Mathematical Olympiad Association.

A competição será uma prova individual, em inglês, com duração de 3 horas, na qual participam estudantes matriculados da 2ª série do ensino fundamental até a 3ª série do ensino médio.

No Brasil, a seleção dos estudantes é feita pela Rede POC, uma agência de intercâmbio científico cuja missão é promover a melhoria da qualidade da Educação através do intercâmbio educacional.

 

Dois atiradores ameaçaram um adolescente, de 17 anos, em uma escola estadual no Alto do Mateus, em João Pessoa. A Polícia Militar foi acionada após alunos e professores entrarem em pânico na noite da terça-feira (22).

De acordo com a PM, em entrevista à TV Arapuan, o adolescente havia saído da escola quando percebeu estar sendo seguido por dois homens em uma moto. Ele retornou à unidade de ensino para se proteger quando foi ameaçado de morte.

Situação gerou medo e correria entre os profissionais e alunos.

Ainda segundo a PM, jovem teria sido ameaçado por ter postado uma foto nas redes sociais com colega do Bairro dos Novais, quem os atiradores consideravam inimigos.

Após o susto, a equipe da PM escoltou o adolescente e os pais dele de volta para casa.

A Polícia Militar costuma prestar apoio na escola. Presença policial na região da unidade de ensino deve continuar.

Os alunos do 1º, 2º e 3º ano do ensino fundamental da rede pública só deverão receber livros novos de português e matemática no início do ano letivo de 2026. O motivo é a falta de verba do Ministério da Educação (MEC) para a compra de materiais didáticos.

Os demais alunos da educação básica (ensinos fundamental e médio) também devem ser afetados com atraso na entrega dos materiais. Nos anos finais do ensino fundamental, estudantes podem receber com atraso a reposição dos livros.

O alerta foi feito pela Associação Brasileira de Livros e Conteúdos Educacionais (Abrelivros), que foi avisada pelo MEC sobre a compra parcial dos livros necessários para 2026.

MEC: compra escalonada

 

O MEC se pronunciou por meio do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), ente responsável pela compra, distribuição, remanejamento e logística dos materiais e livros didáticos da rede pública por meio do Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD).

O FNDE disse em nota que é um “cenário orçamentário desafiador”, e que foi traçada uma estratégia de compra escalonada começando por Língua Portuguesa e Matemática, mas a compra dos livros das demais áreas deve ser feita posteriormente.

A nota diz ainda que o material da EJA está garantido, e que “estratégias para o Ensino Médio serão definidas na sequência.”

Como deve ficar na prática

 

De acordo com a Abrelivros, o que deve acontecer na prática é:

  • 1º a 3º anos do ensino fundamental: alunos só receberão os novos livros de português e matemática.
  • 4º e 5º anos do ensino fundamental: alunos receberão os novos livros de português e matemática, e devem receber livros reutilizados para as outras disciplinas.
  • 6º a 9º ano do ensino fundamental: alunos receberão algumas reposições de livros de português e matemática, mas não deve haver reposição de livros das outras disciplinas.
  • 1º a 3º ano do ensino médio: 60% das escolas e/ou dos alunos receberão novos livros com base no novo Ensino Médio no início do ano; os demais 40% podem receber os livros apenas em junho.

Pouca verba e poucos livros

 

A Abrelivros defende que a quantidade de livros encomendada não atende às necessidades das redes.

  • Para o ensino fundamental, foram pedidos 26 milhões de livros de apenas duas disciplinas: português e matemática.
  • Para ensino médio, a entidade prevê que serão necessários cerca de 80 milhões de livros. O pedido ainda não foi feito, mas pela falta de verba, deve ser dividido em duas tiragens: 60% para ser entregue no começo do ano letivo de 2026, e 40% para ser entregue após o início das aulas, provavelmente em maio ou junho.

 

A Abrelivros também declarou que o orçamento aprovado para a compra dos materiais didáticos é de cerca de R$ 2 bilhões. Para atender toda a demanda de livros para as etapas regulares, Educação de Jovens e Adultos (EJA) e Programas Literários, seria necessário, pelo menos, mais R$ 1 bilhão.

“Já vivemos situações de crises orçamentárias, falta de recursos temporários, mas deixar de comprar livros é a primeira vez, e é justamente isso que nos preocupa, porque este é o único programa de compra de material didático para as escolas públicas”, explica Ângelo Xavier, presidente da Abrelivros.

“Ainda dá para encomendar os livros, mas por pouco”

 

Para Ângelo Xavier, o MEC tem dois problemas diante de si: uma verba insuficiente e pouco tempo para evitar possíveis atrasos.

Sem uma ampliação do orçamento da pasta, a única alternativa para viabilizar a compra dos demais livros é uma realocação de verba dentro do próprio ministério.

Mas, mesmo que isso aconteça, o tempo também é um elemento-chave. Para que os livros sejam enviados para gráficas e impressos em tempo hábil para o início do ano letivo de 2026, o MEC precisaria fazer o pedido até o final de agosto.

Autores de livros cobram MEC

 

A Associação Brasileira dos Autores de Livros Educativos (ABRALE), que representa os autores de livros didáticos, também demonstrou preocupação com a decisão do MEC de não repor livros de todas as disciplinas do ensino fundamental.

Em nota enviada ao MEC, a entidade afirmou que a decisão “representa um grave retrocesso” para a política do PNLD, e que téra um “impacto devastador” na educação básica.

“Os livros em uso são essenciais para o cumprimento do ciclo de planejamento escolar e para a promoção de uma educação integral. Professores de todas as áreas aguardam esses materiais para dar continuidade aos seus planejamentos pedagógicos e aos processos de ensino e aprendizagem que comandam, pois têm nos livros do PNLD respaldo para os diferentes letramentos propostos de modo paulatino pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Vale destacar que nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental esses livros são ainda mais essenciais, diante do perfil de um docente polivalente.”

A entidade ainda questiona a mensagem que a decisão pode passar para pais e alunos, como que as disciplinas de Arte, História, Geografia e Ciências podem ser “menores, talvez irrelevantes.”

Íntegra da nota do FNDE

 

Considerando o cenário orçamentário desafiador e a importância inequívoca de manutenção do PNLD para a Educação pública do Brasil, o FNDE adotou a compra escalonada como estratégia para o ensino fundamental, atendendo a uma demanda das redes de ensino e em consonância com a avaliação das equipes pedagógicas do programa, começando pelas áreas de Língua Portuguesa e Matemática, e complementando posteriormente com obras das demais áreas. As compras para a EJA, cuja licitação está em fase final, estão garantidas. As estratégias para o Ensino Médio serão definidas na sequência.

Instituto Federal da Paraíba (IFPB) divulgou nesta quarta-feira (16) o resultado Final do Processo Seletivo de Cursos Superiores do IFPB -PSCS 2025.2. Os aprovados começam a estudar no segundo semestre de 2025. Acesse as listas oficiais ao final do texto.

Os Campi Cabedelo, Cajazeiras, Campina Grande, Catolé do Rocha, Guarabira, Itaporanga, João Pessoa, Monteiro, Patos, Picuí, Princesa Isabel e Santa Rita estão entre os contemplados com vagas nas áreas de tecnologia, exatas, saúde e meio ambiente.

As matrículas serão realizadas de forma online para o campus/curso/turno para o qual o candidato foi inscrito e aprovado, após convocação da Pró-Reitoria de Ensino através do portal do IFPB.

O início das aulas segue Calendário Escolar do Campus do IFPB onde funciona o curso para o qual o candidato obteve aprovação.

A partir de setembro de 2026, todas as escolas de ensino fundamental e médio do Reino Unido deverão oferecer cursos obrigatórios voltados ao combate da misoginia. A medida faz parte de novas diretrizes educacionais divulgadas nesta terça-feira (15) pelo Ministério da Educação britânico.

O conteúdo será uma atualização do programa de educação sobre sexualidade e saúde (RSHE), com foco na conscientização dos jovens sobre a crescente disseminação de discursos misóginos na internet, especialmente aqueles promovidos por influenciadores ligados ao masculinismo, como Andrew Tate.

Ódio virtual Além de abordar o ódio virtual — como o movimento “incel”, que reúne homens que culpam as mulheres por sua condição de solteiros —, as escolas também deverão tratar de temas como inteligência artificial, manipulação digital (os chamados “deepfakes”) e a ligação entre pornografia e misoginia.

As instituições são incentivadas a começar a adotar as novas diretrizes já no próximo ano letivo, com a meta de implantação total até setembro de 2026.

Dados do Ministério da Educação mostram que 54% dos jovens britânicos entre 11 e 19 anos afirmam já ter ouvido ou visto comentários misóginos.

Durante a campanha que o levou ao cargo em julho de 2024, o Partido Trabalhista se comprometeu a reduzir pela metade os índices de violência contra mulheres e meninas no prazo de dez anos.

Starmer também defendeu a importância de um debate amplo sobre formas de impedir que adolescentes do sexo masculino sejam levados por discursos de ódio e misoginia.

A partir de setembro de 2026, todas as escolas de ensino fundamental e médio do Reino Unido deverão oferecer cursos obrigatórios voltados ao combate da misoginia. A medida faz parte de novas diretrizes educacionais divulgadas nesta terça-feira (15) pelo Ministério da Educação britânico.

O conteúdo será uma atualização do programa de educação sobre sexualidade e saúde (RSHE), com foco na conscientização dos jovens sobre a crescente disseminação de discursos misóginos na internet, especialmente aqueles promovidos por influenciadores ligados ao masculinismo, como Andrew Tate.

Ódio virtual Além de abordar o ódio virtual — como o movimento “incel”, que reúne homens que culpam as mulheres por sua condição de solteiros —, as escolas também deverão tratar de temas como inteligência artificial, manipulação digital (os chamados “deepfakes”) e a ligação entre pornografia e misoginia.

As instituições são incentivadas a começar a adotar as novas diretrizes já no próximo ano letivo, com a meta de implantação total até setembro de 2026.

Dados do Ministério da Educação mostram que 54% dos jovens britânicos entre 11 e 19 anos afirmam já ter ouvido ou visto comentários misóginos.

Durante a campanha que o levou ao cargo em julho de 2024, o Partido Trabalhista se comprometeu a reduzir pela metade os índices de violência contra mulheres e meninas no prazo de dez anos.

Starmer também defendeu a importância de um debate amplo sobre formas de impedir que adolescentes do sexo masculino sejam levados por discursos de ódio e misoginia.

Instituto Federal da Paraíba (IFPB), por meio da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (PROEXC), publicou Edital para seleção de monitores externos voluntários para o Projeto Hortas Pedagógicas.

A iniciativa visa promover a segurança alimentar por meio da implantação de hortas pedagógicas formativas em comunidades rurais, com o apoio de agricultores locais.

Confira aqui o Edital nº 21/2025

As inscrições poderão ser feitas no período de 30 de junho a 08 de julho. Os interessados devem acessar o formulário disponível neste link, preencher as informações pessoais e encaminhar os documentos e certificados solicitados.

Os resultados das etapas serão divulgados no site do IFPB, e os monitores contemplados terão a possibilidade de trabalhar em conjunto com agricultores(as) experientes, contribuindo para a geração de renda e soberania alimentar nas comunidades.

Processo Seletivo Simplificado consta de duas etapas, a primeira é a inscrição e avaliação da documentação, e a segunda é uma entrevista.

Serão selecionados três (3) profissionais interessados em desempenhar a função de supervisor do projeto Hortas Pedagógicas, e que sejam moradores dos municípios paraibanos de Lucena, Remígio e São José dos Cordeiros, que atuarão como multiplicadores das técnicas de cultivo orgânico integrado a criação de peixes.

Projeto Hortas Pedagógicas é oriundo do TED da Secretaria de Agricultura Familiar (SAF) do MDA em parceria com o IFPB/PROEXC.

Ele tem por objetivo promover a formação de agentes da assistência técnica e extensão rural (ATER) e agricultores familiares por meio da implantação e utilização de hortas pedagógicas para o cultivo de leguminosas, vegetais, plantas medicinais, e PANCs nos municípios paraibanos de LucenaRemígio e São José dos Cordeiros.

O projeto reforça o compromisso do IFPB com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, especialmente no combate à fome (ODS 2) e na promoção da agricultura sustentável (ODS 15). O resultado final do Processo Seletivo será conhecido no dia 17 de julho.

Quando participou da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OMBEP) pela primeira vez em 2022, a carioca Daniella Machado de Almeida não imaginava que iria se apaixonar por matemática. Mas, na última segunda-feira (30), ela estava entre os 683 alunos de todo o país que receberam uma medalha de ouro pela 19ª edição da competição.

 A OBMEP é a maior olimpíada científica do país e terá sua 20ª edição em 2025. Criada pelo Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA) e promovida pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e pelo Ministério da Educação (MEC), a competição reúne cerca de 18 milhões de participante todos os anos. Ela é destinada a estudantes do 6º ano do fundamental ao 3º ano do médio, e busca estimular o estudo da matemática e identificar jovens talentos da disciplina.

Hoje, aos 15 anos, Daniella celebra três medalhas conquistadas na competição, oportunidades de estudo e auxílio financeiro, e passou a sonhar com um futuro ligado à matemática.

Mas, até chegar a este ponto, as coisas não foram fáceis para Daniella — nem na vida, nem na escola, onde sua relação com a matemática não passava de uma obrigação.

Ela diz que, apesar de ter visto cartazes anunciando a olimpíada pela escola, só descobriu que participaria da prova no dia da aplicação. Sem preparação alguma, Daniella fez a prova e ficou surpresa ao descobrir que havia passado para a segunda etapa da disputa.

Agora, apesar de olhar com carinho para todas as conquistas que coleciona desde que começou a participar da competição, ela planeja as conquistas futuras. Os novos sonhos nada tem a ver com a jovem do 7º ano que não gostava de matemática