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O presidente da Rússia, Vladimir Putin, assinou nesta segunda-feira (7) uma lei que permite a contratação de estrangeiros pelo Exército russo, segundo a agência estatal Tass.
O movimento abre portas para a atuação de mercenários pelo lado russo na guerra contra a Ucrânia, que completou três anos em fevereiro.
Autoridades de Inteligência dos Estados Unidos afirmaram à agência de notícias Reuters em abril que mais de 100 cidadãos chineses atuam na guerra pelo Exército russo, mas sem uma ligação direta com o governo da China.
À época, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou ter sido informado por oficiais de seu país sobre 155 cidadãos chineses lutando pelo lado russo.
No segundo e último dia da 17ª Cúpula do Brics, que acontece no Rio de Janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta segunda-feira (7), que é inadiável promover a transição energética e zerar o desmatamento.
“Nosso desafio é alinhar ações para evitar ultrapassar 1,5 °C de aumento da temperatura do planeta. Será preciso triplicar energias renováveis e duplicar a eficiência energética. É inadiável promover a transição justa e planejada para o fim do uso dos combustíveis fósseis e para zerar o desmatamento“, disse Lula.
Segundo o chefe de Estado, faz parte desse desafio “viabilizar os meios de implementação necessários, hoje estimados em US$ 1,3 trilhão, partindo dos US$ 300 bilhões já acordados na COP29 no Azerbaijão”.
O evento que reúne os países-membros do Brics na capital fluminense termina hoje com declaração sobre saúde e clima.
No discurso de abertura da Cúpula dos Brics, neste domingo (6/7), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e disse que o medo de uma “catástrofe nuclear voltou ao cotidiano”.
“A recente decisão da Otan alimenta a corrida armamentista. É mais fácil destinar 5% do PIB para gastos militares do que alocar os 0,7% prometidos para Assistência Oficial ao Desenvolvimento. Isso evidencia que os recursos para implementar a Agenda 2030 existem, mas não estão disponíveis por falta de prioridade política”, disse Lula.
“É sempre mais fácil investir na guerra do que na paz”, complementou.
A crítica de Lula foi em resposta à decisão da Otan, no final de junho, de aumentar os gastos em defesa dos países que fazem parte do tratado para 5% dos seus produtos internos brutos (PIB). A Otan é uma aliança militar composta por 32 países incluindo os Estados Unidos, Canadá e nações europeias.
A decisão aconteceu na primeira reunião da organização após a eleição do presidente americano Donald Trump. O aumento de gastos em defesa vinha sendo defendido por ele que, nos últimos anos, criticou os países europeus por supostamente gastarem pouco na área e deixarem os Estados Unidos como responsáveis por garantir a segurança da Europa contra ameaças estrangeiras.
O presidente dos EUA descreveu a decisão como uma “grande vitória para a Europa e… civilização ocidental”.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, alertou que os países alinhados às políticas da aliança dos Brics que vão contra os interesses dos EUA serão atingidos por uma tarifa adicional de 10%.
Trump critica há muito tempo os Brics, uma organização cujos membros incluem Brasil, China, Rússia e Índia, entre outros, criada para impulsionar a posição internacional desses países e desafiar os EUA e a Europa Ocidental.
“Qualquer país que se aliar às políticas antiamericanas dos Brics será cobrado com uma tarifa adicional de 10%. Não haverá exceções a essa política”, escreveu Trump nas redes sociais.
O prazo para os países chegarem a um acordo tarifário com os EUA foi marcado para 9 de julho, mas os impostos parecem que vão entrar em vigor agora a partir de 1º de agosto.
Até o momento, os EUA firmaram acordos comerciais apenas com o Reino Unido e o Vietnã.
Israel enviará uma delegação ao Catar no domingo (6) para negociações sobre um possível acordo de cessar-fogo e libertação de reféns em Gaza, embora o gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu tenha afirmado que as mudanças solicitadas pelo Hamas à proposta são inaceitáveis.
O grupo palestino Hamas declarou na sexta-feira (4) que respondeu positivamente à proposta de cessar-fogo em Gaza, apoiada pelos EUA, poucos dias após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmar que Israel havia concordado com “as condições necessárias para finalizar” uma trégua de 60 dias.
No entanto, sinalizando os desafios ainda existentes, um dirigente palestino de um grupo militante aliado ao Hamas afirmou que ainda há preocupações quanto à ajuda humanitária, à passagem pela fronteira de Rafah, localizada entre o sul de Israel e o Egito, e à definição de um cronograma para a retirada das tropas israelenses.
“As mudanças que o Hamas busca fazer na proposta do Catar nos foram comunicadas ontem à noite e não são aceitáveis para Israel”, disse o gabinete de Netanyahu em comunicado divulgado na noite de sábado (5).
Ainda assim, o gabinete do primeiro-ministro afirmou que a delegação seguirá para o Catar para discutir um possível acordo e “dar continuidade aos esforços para garantir o retorno de nossos reféns com base na proposta do Catar, à qual Israel já deu seu aval.”
Netanyahu, que deve se encontrar com Trump em Washington na segunda-feira (7), tem repetido que o Hamas precisa ser desarmado, uma posição que o grupo militante até agora se recusa a discutir.
O mais recente capítulo do conflito entre israelenses e palestinos, que já dura décadas, foi desencadeado em 7 de outubro de 2023, quando o Hamas atacou o sul de Israel, matando cerca de 1.200 pessoas e sequestrando 251, segundo dados israelenses. Acredita-se que agora haja apenas 20 reféns vivos.
O ministério da Saúde de Gaza afirma que a ofensiva militar israelense em retaliação já matou mais de 57 mil palestinos.
A operação também provocou uma crise de fome, o deslocamento interno de toda a população de Gaza e levou a acusações de genocídio e crimes de guerra.
Israel nega as acusações.