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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) será aconselhado a não vetar o projeto de lei que aumenta o número de deputados federais no país.
Em reunião com a cúpula do Congresso na manhã desta quarta-feira (16), a ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, sinalizou que o petista tomará uma decisão ainda hoje, no limite do prazo para sanção.
No momento, o presidente está predisposto a vetar o aumento de 513 para 531 deputados federais.
A ministra, no entanto, tem defendido que Lula deixe a decisão final para o Congresso Nacional, a fim de evitar uma nova crise com o Poder Legislativo.
O presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre (União-PB), já disse que, se a proposta voltar ao Legislativo, será promulgada imediatamente.
O receio de Lula é ser criticado por ter chancelado uma iniciativa criticada por uma parcela da sociedade, sobretudo segmentos de esquerda.
Um destaque na proposta proibiu que o aumento do número de deputados gere custos adicionais aos cofres públicos.
O medo, no entanto, é de que isso gere um efeito cascata em Assembleias e Câmaras, e também faça com que o Poder Legislativo eleve o teto para as emendas parlamentares.
Israel lançou ataques aéreos pesados contra Damasco, capital da Síria, nesta quarta-feira (16), danificando o Ministério da Defesa e atingindo uma área próxima do palácio presidencial.
O governo israelense prometeu destruir as forças do governo sírio que atacaram comunidades drusas no sul da Síria, exigindo sua retirada.
Além disso, classificou os novos líderes do país vizinho como jihadistas mal disfarçados e afirmou que não permitirá que eles enviem forças para o sul.
Os ataques marcaram uma escalada significativa contra o governo islâmico de Ahmed al-Sharaa, presidente interino da Síria, e foram feitos apesar da relação mais estreita dessa nova administração com os Estados Unidos e da evolução dos contatos com Israel.
Sharaa enfrenta grandes desafios para reconstruir a Síria diante das profundas preocupações de grupos que temem o domínio islâmico – desconfiança que aumentou pelos assassinatos em massa da minoria alauíta em março.
Repórteres da Reuters ouviram aviões de guerra sobrevoando Damasco e realizando uma série de ataques. Colunas espessas de fumaça foram vistas subindo do Ministério da Defesa, no centro da cidade.
O Exército israelense atacou a entrada do quartel-general na capital e um alvo militar próximo ao palácio presidencial, segundo um oficial militar israelense, que reforçou que o país não permitirá o que chamou de massacre de drusos.
O Ministério da Saúde sírio afirmou que a ofensiva feriu ao menos 13 pessoas, de acordo com a agência de notícias estatal.
Uma autoridade militar de Israel alegou que as forças sírias não estão impedindo ataques contra drusos, sendo, assim, parte do problema.
Além disso, o ministro da Defesa do país, Israel Katz, ressaltou que o Exército “continuará operando vigorosamente em Sweida para destruir as forças que atacaram os drusos até que se retirem completamente”.
Entre os alvos dos militares estão tanques e caminhonetes equipadas com metralhadoras que estavam indo em direção a Sweida.
O Congresso Nacional se posicionou nesta quinta-feira (10) contra as taxações impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump ao Brasil.
Em nota assinada conjuntamente, o presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre (União-AP), e o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), defenderam que a resposta do Brasil tem que se dar “com diálogo nos campos diplomático e comercial”.
Os dois asseguraram que o Congresso está pronto para proteger a economia brasileira e relembraram a “Lei da Reciprocidade”, aprovada nas duas Casas Legislativas no início deste ano e que permite contramedidas em casos de retaliações comerciais.
“O Congresso acompanhará de perto os desdobramentos. Com muita responsabilidade, este Parlamento aprovou a Lei da Reciprocidade Econômica. Um mecanismo que dá condições ao nosso país, ao nosso povo, de proteger nossa soberania”.
Hugo e Alcolumbre se dizem prontos para “agir com equilíbrio e firmeza” em favor do setor produtivo e dos empregos dos brasileiros.
O próprio presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva já comentou sobre a possibilidade de utilizar desse recurso, justificando que é “o que mais vai valer” neste caso.
“Se ele [Trump] vai cobrar 50 de nós, nós vamos cobrar 50 dele”, explicou em entrevista à Chris Lemos, da Record.
Na última quarta-feira (9), Trump anunciou uma tarifa de 50% sobre todas as exportações brasileiras para os Estados Unidos, a partir de 1º de agosto de 2025.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, defendeu o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em sua rede social, a Truth Social, nesta segunda-feira (7). O republicano afirmou que Bolsonaro está sofrendo um ataque político como aconteceu com ele.
“Estarei assistindo a caça às bruxas de Jair Bolsonaro, de sua família e de milhares de seus apoiadores, muito de perto. O único julgamento que deveria estar acontecendo é o julgamento pelos eleitores do Brasil — isso se chama eleição. Deixem Bolsonaro em paz!”, escreveu Trump.
Na publicação, o presidente dos EUA não menciona diretamente as ações judiciais contra Bolsonaro, mas fala em perseguição e reafirma a inocência do ex-presidente.
“Eu tenho assistido, assim como o mundo, como eles não fizeram nada além de ir atrás dele, dia após dia, noite após noite, mês após mês, ano após ano! Ele não é culpado de nada, exceto por ter lutado pelo povo”, disse.
Bolsonaro é réu na ação penal do STF (Supremo Tribunal Federal) que investiga a trama golpista após as eleições de 2022. Ele é acusado por cinco crimes, entre eles organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, e golpe de Estado.
Na publicação, Trump afirma ter conhecido Bolsonaro e reconhece que ele foi um “líder forte” e um bom negociador. Ambos já trocam elogios desde as eleições de 2018.
Em maio, o ex-presidente chegou a se encontrar com o conselheiro sênior do Departamento de Estado dos Estados Unidos para o Hemisfério Ocidental, Ricardo Pita. Pouco depois, Bolsonaro afirmou que Trump acompanha o que acontece no Brasil, incluindo a ação do STF.
Bolsonaro está inelegível até 2030 após julgamento do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) por abuso de poder e uso indevido dos meios de comunicação. O motivo é a realização de uma reunião com embaixadores, em julho de 2022, em que o então presidente atacou, sem provas, o sistema eleitoral.
Posteriormente, Bolsonaro foi condenado novamente à inelegibilidade pelo TSE, desta vez por abuso de poder político e econômico durante as cerimônias do Bicentenário da Independência, em 7 de setembro de 2022, durante a campanha eleitoral.
Os governos do Brasil e da China assinaram nesta segunda-feira (7) uma parceria para permitir a ligação entre o território brasileiro e o porto de Chancay, no Peru, a fim de facilitar as exportações para a Ásia, especialmente para a China, reduzindo o tempo de transporte e os custos.
O projeto inicial prevê que a ferrovia vai sair da Bahia, passará pelos estados de Goiás, Mato Grosso, Rondônia e Acre, até chegar ao Peru. Ainda não há estimativas em relação ao custo da ferrovia, o que será orçado durante os estudos.
Do lado brasileiro, o chamado memorando de entendimento foi assinado pela Infra S.A – empresa, vinculada ao Ministério dos Transportes-, e, pelo lado chinês, foi assinado pelo Instituto de Pesquisa e Planejamento Econômico China Railway.
A cerimônia ocorreu de maneira virtual. Na sede do ministério, em Brasília, estavam integrantes do governo e da embaixada da China. Os representantes do instituto chinês participaram por videoconferência.
O porto integra a iniciativa “Cinturão e Rota”, conhecida como “Nova Rota da Seda”. O governo brasileiro não aderiu formalmente à iniciativa — que prevê investimentos chineses na área da infraestrutura em vários países do mundo.
Recentemente, líderes de países da América Latina se encontraram com Xi Jinping na China para tentar aproximar a região dos investimentos chineses.
O entendimento do governo Lula é que, como a China já é o principal parceiro comercial do Brasil e já faz volumosos investimentos no país, não há necessidade de adesão formal à Nova Rota da Seda.
Além disso, Brasil e China integram grupos multilaterais que permitem a discussão de parceria econômica, a exemplo do Brics.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, assinou nesta segunda-feira (7) uma lei que permite a contratação de estrangeiros pelo Exército russo, segundo a agência estatal Tass.
O movimento abre portas para a atuação de mercenários pelo lado russo na guerra contra a Ucrânia, que completou três anos em fevereiro.
Autoridades de Inteligência dos Estados Unidos afirmaram à agência de notícias Reuters em abril que mais de 100 cidadãos chineses atuam na guerra pelo Exército russo, mas sem uma ligação direta com o governo da China.
À época, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou ter sido informado por oficiais de seu país sobre 155 cidadãos chineses lutando pelo lado russo.
No segundo e último dia da 17ª Cúpula do Brics, que acontece no Rio de Janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta segunda-feira (7), que é inadiável promover a transição energética e zerar o desmatamento.
“Nosso desafio é alinhar ações para evitar ultrapassar 1,5 °C de aumento da temperatura do planeta. Será preciso triplicar energias renováveis e duplicar a eficiência energética. É inadiável promover a transição justa e planejada para o fim do uso dos combustíveis fósseis e para zerar o desmatamento“, disse Lula.
Segundo o chefe de Estado, faz parte desse desafio “viabilizar os meios de implementação necessários, hoje estimados em US$ 1,3 trilhão, partindo dos US$ 300 bilhões já acordados na COP29 no Azerbaijão”.
O evento que reúne os países-membros do Brics na capital fluminense termina hoje com declaração sobre saúde e clima.
No discurso de abertura da Cúpula dos Brics, neste domingo (6/7), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e disse que o medo de uma “catástrofe nuclear voltou ao cotidiano”.
“A recente decisão da Otan alimenta a corrida armamentista. É mais fácil destinar 5% do PIB para gastos militares do que alocar os 0,7% prometidos para Assistência Oficial ao Desenvolvimento. Isso evidencia que os recursos para implementar a Agenda 2030 existem, mas não estão disponíveis por falta de prioridade política”, disse Lula.
“É sempre mais fácil investir na guerra do que na paz”, complementou.
A crítica de Lula foi em resposta à decisão da Otan, no final de junho, de aumentar os gastos em defesa dos países que fazem parte do tratado para 5% dos seus produtos internos brutos (PIB). A Otan é uma aliança militar composta por 32 países incluindo os Estados Unidos, Canadá e nações europeias.
A decisão aconteceu na primeira reunião da organização após a eleição do presidente americano Donald Trump. O aumento de gastos em defesa vinha sendo defendido por ele que, nos últimos anos, criticou os países europeus por supostamente gastarem pouco na área e deixarem os Estados Unidos como responsáveis por garantir a segurança da Europa contra ameaças estrangeiras.
O presidente dos EUA descreveu a decisão como uma “grande vitória para a Europa e… civilização ocidental”.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, alertou que os países alinhados às políticas da aliança dos Brics que vão contra os interesses dos EUA serão atingidos por uma tarifa adicional de 10%.
Trump critica há muito tempo os Brics, uma organização cujos membros incluem Brasil, China, Rússia e Índia, entre outros, criada para impulsionar a posição internacional desses países e desafiar os EUA e a Europa Ocidental.
“Qualquer país que se aliar às políticas antiamericanas dos Brics será cobrado com uma tarifa adicional de 10%. Não haverá exceções a essa política”, escreveu Trump nas redes sociais.
O prazo para os países chegarem a um acordo tarifário com os EUA foi marcado para 9 de julho, mas os impostos parecem que vão entrar em vigor agora a partir de 1º de agosto.
Até o momento, os EUA firmaram acordos comerciais apenas com o Reino Unido e o Vietnã.
Israel enviará uma delegação ao Catar no domingo (6) para negociações sobre um possível acordo de cessar-fogo e libertação de reféns em Gaza, embora o gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu tenha afirmado que as mudanças solicitadas pelo Hamas à proposta são inaceitáveis.
O grupo palestino Hamas declarou na sexta-feira (4) que respondeu positivamente à proposta de cessar-fogo em Gaza, apoiada pelos EUA, poucos dias após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmar que Israel havia concordado com “as condições necessárias para finalizar” uma trégua de 60 dias.
No entanto, sinalizando os desafios ainda existentes, um dirigente palestino de um grupo militante aliado ao Hamas afirmou que ainda há preocupações quanto à ajuda humanitária, à passagem pela fronteira de Rafah, localizada entre o sul de Israel e o Egito, e à definição de um cronograma para a retirada das tropas israelenses.
“As mudanças que o Hamas busca fazer na proposta do Catar nos foram comunicadas ontem à noite e não são aceitáveis para Israel”, disse o gabinete de Netanyahu em comunicado divulgado na noite de sábado (5).
Ainda assim, o gabinete do primeiro-ministro afirmou que a delegação seguirá para o Catar para discutir um possível acordo e “dar continuidade aos esforços para garantir o retorno de nossos reféns com base na proposta do Catar, à qual Israel já deu seu aval.”
Netanyahu, que deve se encontrar com Trump em Washington na segunda-feira (7), tem repetido que o Hamas precisa ser desarmado, uma posição que o grupo militante até agora se recusa a discutir.
O mais recente capítulo do conflito entre israelenses e palestinos, que já dura décadas, foi desencadeado em 7 de outubro de 2023, quando o Hamas atacou o sul de Israel, matando cerca de 1.200 pessoas e sequestrando 251, segundo dados israelenses. Acredita-se que agora haja apenas 20 reféns vivos.
O ministério da Saúde de Gaza afirma que a ofensiva militar israelense em retaliação já matou mais de 57 mil palestinos.
A operação também provocou uma crise de fome, o deslocamento interno de toda a população de Gaza e levou a acusações de genocídio e crimes de guerra.
Israel nega as acusações.