O avanço acumulado no ano é ainda superior aos 4,71% registrados pelo IPCA-15 em dezembro. O indicador é tido como a prévia da inflação. O dado oficial de 2024, apurado pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), será divulgado na sexta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo Paula Reis, economista do DataZAP, a variação acumulada no ano passado está relacionada com o desempenho da economia brasileira.
“A condição macroeconômica influenciou positivamente o mercado imobiliário ao contribuir para a expansão da concessão de crédito para os segmentos popular e médio padrão”, afirmou Reis.
O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil avançou 0,9% no terceiro trimestre do ano passado, segundo o IBGE, e surpreendeu positivamente as estimativas iniciais do mercado.
A taxa de desocupação no Brasil atingiu 6,1% no trimestre encerrado em novembro — os números mais recentes —, no menor patamar para o período desde o início da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), em 2012.
Os lugares que registraram os maiores aumentos no preço dos imóveis foram Curitiba (18%) e Salvador (16,38%).
No último mês do ano, os preços dos imóveis à venda subiram 0,66% e interromperam o recuo registrado em novembro, quando o índice caiu para 0,49%. Nacionalmente, aquele que pretendia comprar ou vender um imóvel residencial se deparou com um valor médio de R$ 9.366/m².
Para este ano que se inicia, a economista da DataZAP diz que a expectativa é de um mercado imobiliário mais desafiador, “em especial para o segmento de médio padrão, diante de um cenário de crescimento da taxa básica de juros, o que limita o acesso ao mercado de compra e venda”.
Reis ainda cita recursos mais caros para o financiamento, diante do esgotamento da poupança, como um dos obstáculos para esse ano.