Novo mandato de Trump, conflitos comerciais e roubo no Louvre: o que foi notícia no mundo em 2025

Em 2025, o cenário internacional foi marcado por disputas comerciais, sanções e tensões diplomáticas.

Entre mortes de líderes religiosos e a taxação imposta pelos Estados Unidos ao Brasil, o R7 separou algumas das principais notícias do ano.

Segundo mandato de Trump

Nos primeiros dias do ano, o 47º presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, tomou posse em Washington, D.C., para seu segundo mandato. Durante sua campanha, o republicano prometeu medidas em relação à imigração, à economia e à guerra na Ucrânia.

No Brasil, os oposicionistas chegaram a acreditar que o retorno de Trump à Casa Branca poderia significar a eleição do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), apesar da inelegibilidade dele.

Trump voltou à Casa Branca após quatro anos. Ele chegou à presidência pela primeira vez em 2016, após derrotar a democrata e ex-primeira-dama Hillary Clinton nos colégios eleitorais. No entanto, não se reelegeu em 2020, quando o democrata Joe Biden venceu a disputa.

Roubo no Louvre

Em outubro, um grupo de criminosos invadiu o museu do Louvre, na França, para roubar oito joias da coroa francesa, avaliadas em US$ 100 milhões.

O assalto ocorreu logo após a abertura do museu, quando quatro suspeitos chegaram em motos e usaram uma plataforma mecânica montada em um veículo para acessar uma varanda que conduz à Galeria Apolo.

A polícia da França prendeu vários suspeitos de participação no roubo milionário.

A polícia da França anunciou a prisão de mais quatro suspeitos de participar do roubo de joias no museu do Louvre, em Paris.

Tarifaço

Em abril, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou um pacote de tarifas comerciais recíprocas que afetaria diversos países. Na época, o republicano mostrou uma tabela com os valores que seriam cobrados de cada nação, e os produtos do Brasil foram taxados em 10%.

Meses depois, em julho, o republicano assinou uma ordem executiva que impôs uma tarifa adicional de 40% sobre produtos brasileiros comprados pelos EUA — o que elevou o total da taxa para 50%.

Ao justificar a medida, Trump citou os processos judiciais enfrentados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. Destacou, ainda, uma “ameaça incomum e extraordinária à segurança nacional, à política externa e à economia dos Estados Unidos”.

Em novembro, após um longo período de divergência, o governo dos Estados Unidos revogou a última parte do tarifaço de 50% aplicado sobre produtos importados do Brasil e de outros mercados. A medida encerrou oficialmente o pacote tarifário para a maior parte dos produtos brasileiros.

China x EUA

Em um novo capítulo de tensão entre China e Estados Unidos, as duas maiores potências mundiais entraram em uma guerra comercial, que resultou em tarifas de quase 150%. O conflito começou após Trump anunciar uma taxação adicional à China de 34%.

Em resposta, o país asiático retribuiu a alíquota com o mesmo percentual. No auge do conflito, as retaliações resultaram em tarifas de 125% para os Estados Unidos e 145% para a China. Desde o início do atual mandato, Donald Trump tem aplicado tributos sobre as importações de diferentes produtos.

No mês passado, as duas potências deram uma trégua e retiraram as taxas importas pelos governos. O movimento ocorreu após uma reunião realizada entre Trump e o presidente chines, Xi Jinping, na Coreia do Sul em outubro.

Guerra comercial entre China e EUA (Luce Costa/ Arte R7)

Lei Magnitsky

No fim de julho, o governo dos EUA sancionou o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes com a Lei Magnitsky. A medida é uma sanção econômica, que inclui o bloqueio de contas bancárias e de bens em solo norte-americano, além da proibição de entrada no país. É aplicada, em geral, a acusados de corrupção ou de graves violações de direitos humanos.

Em 30 de julho, o governo dos Estados Unidos inclui o nome de Moraes na lista de sancionados. Ao anunciar a medida, o secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, disse que Moraes estava sendo o juiz e o executor de uma “caça às bruxas”.

Na abertura do semestre judiciário, em agosto, o ministro Alexandre de Moraes declarou que não aceitaria chantagem do governo norte-americano. “As ações prosseguirão, o rito processual do Supremo Tribunal Federal não se adiantará, não se atrasará, o rito processual vai ignorar as sanções praticadas. Esse relator vai ignorar as sanções que foram aplicadas e continuará trabalhando como vem fazendo”, ressaltou.

Cerca de um mês depois, Bolsonaro e seus aliados foram condenados pelo STF pela trama golpista. Na sequência, os EUA estenderam as sanções à mulher do ministro, a advogada Viviane Barci, e a uma empresa da família.

Após o encontro de Lula e Trump na Assembleia-Geral da ONU, em Nova York, o líder norte-americano disse em seu discurso que os dois tiveram uma “química excelente”. Com a aproximação dos presidentes, os EUA revogaram as sanções contra o ministro.

Cessar fogo entre Israel e terroristas do Hamas

Em outubro deste ano, Israel aprovou um plano de cessar-fogo na Faixa de Gaza após dois anos da guerra com o grupo terrorista Hamas.

A aprovação veio após o gabinete de Segurança e os ministros da coalizão de Netanyahu avaliarem e referendarem os termos costurados pelos Estados Unidos.

O acordo foi dividido em fases. A primeira parte previa pontos como cessar-fogo imediato, libertação dos reféns mantidos em cativeiro pelos terroristas e soltura de prisioneiros palestinos, além da abertura de corredores para ajuda humanitária.

Apesar do acordo, a trégua durou pouco tempo. Dias após o cessar-fogo entrar em vigor, as Forças de Defesa de Israel lançaram bombas em Gaza em resposta a ataques dos terroristas do Hamas a soldados israelenses.

Israel afirmou que grupos palestinos armados, incluindo o Hamas, violavam o cessar-fogo constantemente. Dessa forma, o país disse que suas ações eram retaliações defensivas aos ataques dos terroristas.

Incêndio prédio Hong Kong

Um dos incêndios mais mortais em três décadas em Hong Kong destruiu torres residenciais revestidas com andaimes de bambu inflamáveis. Segundo autoridades, pelo menos 36 pessoas morreram e 279 estavam desaparecidas em 26 de novembro.

Mais de 10 horas após o início do incêndio no distrito de Tai Po, ao norte da cidade, chamas e fumaça densa ainda consumiam as torres de 32 andares, enquanto equipes de resgate trabalhavam no local e moradores em estado de choque observavam das proximidades.

A causa do incêndio ainda não foi determinada, mas acredita-se que ele tenha sido alimentado por telas de proteção verdes e andaimes de bambu, cuja utilização o governo começou a eliminar gradualmente em março por motivos de segurança, segundo a Reuters.

Morte de Juliana Marins

A brasileira Juliana Marins, de 26 anos, morreu em junho após sofrer uma queda durante uma trilha no Monte Rinjani, um vulcão na Indonésia.

O acidente ocorreu em uma área íngreme e de difícil acesso, e as operações de resgate levaram vários dias, prejudicadas por condições climáticas, até que o corpo fosse localizado.

A autópsia apontou múltiplos traumas e hemorragia interna como causa da morte, e um segundo exame no Brasil indicou que ela sobreviveu por mais de um dia após a queda.

O caso gerou forte comoção e críticas da família, que questionou a demora no resgate, além de debate no Brasil sobre a atuação das autoridades e as regras para repatriação do corpo, que acabou sendo trazido ao país e velado em Niterói.