A criança autista e deficiente visual, de 11 anos, morta pelo próprio pai em João Pessoa, pode ter sido vítima de envenenamento ou asfixia. Como observado, as hipóteses não foram descartadas pelo perito do Instituto de Polícia Científica (IPC) que esteve no local. Em entrevista concedida à imprensa e veiculada na rádio BandNews FM João Pessoa, o perito Admar Roberto a criança estava sem marcas de agressões.
“A vítima estava sem vestes, no interior de um saco plástico cor preta, é, numa cova rasa, medindo aproximadamente 20 cm de profundidade, com mais 65 cm de largura, com mais 85 cm de comprimento. O corpo foi encontrado sem roupas, dentro de um saco plástico e sem nenhuma marca de agressões” explicou.
Conforme o perito detalhou, a vítima apresentava manchas verdes na região abdominal possivelmente do período em que foi morta e “não foi observada nenhuma marca no corpo”. “Possivelmente (pode ter sido) envenenado ou asfixiado”, disse o perito na entrevista concedida ontem (2), no local do crime, uma fábrica abandonada na zona sul de João Pessoa.
A perícia deverá detalhar a dinâmica do crime, que está sendo investigado pela Polícia Civil. Arthur foi sepultado nesta segunda-feira (3), na capital paraibana. A família optou por não realizar velório.
Entenda o caso
Como trouxe o ClickPB, o garoto Arthur Davi, de 11 anos, foi encontrado morto em uma fábrica abandonada na região do bairro Colinas do Sul, na capital paraibana. Arthur, que tinha deficiência visual e Transtorno do Espectro Autista (TEA), foi morto pelo próprio pai. O homem, que reside em Florianópolis (SC), é separado da mãe da criança e ligou para a ex-companheira confessando o crime.
“O pai chegou de Florianópolis na quinta-feira, na sexta pegou o filho para passar alguns dias com ele, inclusive para levar levá-lo para a cidade de Florianópolis. Quando a mãe em contato com ele constante, perguntava pelo filho, porque o filho tava e ele dizia que tava tudo bem. Entretanto hoje pela manhã ele ligou arrependido informando que tinha assassinado o próprio filho e ocultado o cadáver”, explicou o delegado Bruno Victor Germano em entrevista à imprensa, como acompanhou o ClickPB.
O homem informou o local onde enterrou o corpo e ao chegar na fábrica abandonada a polícia confirmou a história. A PC investiga o motivo e se outras pessoas participaram do crime. O homem encontra-se preso, após se entregar, em Florianópolis.
Segundo a Polícia Civil da Paraíba, a transferência dele para a Paraíba está sendo decidida com o Poder Judiciário de Santa Catarina.
								
															



